Pedras nos rins? Pedras pouco preciosas

O nosso sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra, e é responsável pela formação, depósito e eliminação da urina.

Os rins são órgãos com um formato semelhante a um feijão, com cerca de 10 cm de comprimento e 5 cm de largura, sendo o local onde ocorre a formação da urina.

As pedras, ou cálculos, são massas duras que se formam no trato urinário devido à acumulação de cristais. Estes cristais formam-se devido ao aumento de eliminação na urina de substâncias como o cálcio, ácido úrico, oxalato e fosfato. As suas dimensões podem variar entre o tamanho de um grão de areia ou de uma bola de golfe.

A presença dos cálculos pode provocar dor, hemorragia, infeção e bloqueio do fluxo da urina.

Os cálculos urinários começam a formar-se nos rins, podendo depois mover-se para os ureteres e bexiga. Dependendo da sua posição, podem ser chamados de cálculos renais, uretrais ou vesicais. É quando os cálculos começam a mover-se que aparecem os sintomas.

Em Portugal estima-se que cerca de 12% da população adulta possa, em alguma fase, sofrer de litíase urinária. Devido à anatomia do aparelho urinário do homem, este tem uma maior predisposição para o desenvolvimento da doença.

Causas da litíase urinária

• Malformações do aparelho urinário;
• Má alimentação;
• Pouca ingestão de água.
  
  

Fatores que predispõem o aparecimento de pedras nos rins

• Antecedentes familiares da doença;
• Sexo masculino;
• Residir em ambientes quentes;
• Dieta rica em proteínas, sal e açúcar;
• Obesidade.
  
  

Sinais de alerta

• Dor lombar (cólica renal);
• Desconforto na região lombar;
• Presença de sangue na urina;
• Infeções urinárias recorrentes;
• Aparecimento de urina turva e com grãos de areia.

Os cálculos de pequena dimensão podem não originar qualquer sintoma, mas os maiores provocam dores intensas na zona entre as costelas e anca.

Na maior parte dos casos, a sua eliminação é espontânea, sendo bastante dolorosa mas não deixando sequelas, ou pode ser necessário recorrer a algum tipo de tratamento médico para as remover.

Os doentes podem viver anos com cálculos renais sem nunca se darem conta nem terem nenhum sintoma. É quando aparece a cólica renal que o médico identifica que o doente sofre de litíase urinária.

Cólica renal

A cólica renal aparece quando há obstrução das vias urinárias, impedido a passagem da urina. Durante estas crises pode existir apenas um desconforto ou uma dor intensa, que pode irradiar pela virilha, podendo surgir vómitos e náuseas. Por vezes, o cálculo desfaz-se ou consegue soltar-se e os sintomas desaparecem, levando o doente a desvalorizar a situação, não procurado aconselhamento médico.

Na cólica renal também pode ocorrer urgência em urinar, bem como peso na região da bexiga, podendo ser confundida com uma infeção urinária.

Quando surge febre a situação é mais séria, havendo o risco surgir uma infeção grave.

Tratamento

Nos casos em que o cálculo renal é pequeno, este será eliminado por si, não sendo necessária qualquer intervenção médica.

Se os cálculos não forem eliminados espontaneamente, tiverem uma dimensão significativa ou estiverem a provocar complicações no doente, terão de ser retirados cirurgicamente ou fragmentados através de ultrassons.

Como prevenir

• Aumentar a ingestão de líquidos – 2L/dia e em dias de maior calor 3L/dia;
• Reduzir o consumo de sal;
• Evitar o consumo de alimentos processados;
• Dar preferência a carne magra que tem menos proteína.
  
  

Fontes
iSaúde
Revista Farmácia Distribuição

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