Doenças Crónicas

Aparelho respiratório

Rinite Alérgica - Esta maldita alergia que não me larga

Doenças Crónicas


A rinite alérgica é uma doença respiratória crónica da mucosa nasal caracterizada por uma inflamação provocada por agentes alergénios.

É a patologia mais prevalente das doenças alérgicas e o número de doentes tem vindo a aumentar, tornando-se um problema de saúde pública em países industrializados. A incidência desta patologia é maior nas áreas urbanas relativamente aos meios rurais, o que mostra bem o contributo da poluição atmosférica para o aparecimento da doença.

Em Portugal, estima-se uma prevalência de rinite alérgica entre os 22-26% na população em geral, sendo o grupo dos adolescentes o mais afetado.

A rinite pode contribuir para a perturbação do sono, cansaço, dores de cabeça, irritabilidade e alterações do desempenho cognitivo, consequências estas que têm grande impacto na qualidade de vida do doente.

Espirros ou corrimento nasal
Espirros ou corrimento nasal


Quais os sintomas?

  • Rinorreia aquosa;
  • Crises de espirros;
  • Prurido no nariz, garganta, ouvidos e céu da boca;
  • Congestão nasal (nariz entupido);
  • Prurido ocular, lacrimejo e olho vermelho.

Testes cutâneos para detetar alergias
Testes cutâneos para detetar alergias


Como diagnosticar?

A rinite alérgica deve ser diagnosticada numa consulta de especialidade (imunoalergologia, otorrinolaringologia) com a realização de testes cutâneos (para identificar os alergénios) e, se necessário, exames ao nariz, garganta, ouvidos, pulmões e análises clínicas. Se tem alguns dos sintomas descritos anteriormente consulte um médico.

Sintomas associados à rinite alérgica
Sintomas associados à rinite alérgica


Quais os alergénios mais comuns?

  • Ácaros (do pó da casa);
  • Pólenes (que se concentram mais no ar durante a primavera);
  • Pelos dos animais;
  • Fungos.

Aplicação de produto no nariz para alergias
Aplicação de produto no nariz para alergias


Classificação da rinite alérgica


Quanto à exposição aos alergénios:

  • Perene – quando há exposição continuada aos alérgenos (ácaros, animais domésticos);
  • Sazonal – quando a exposição é periódica (pólenes, fungos).

Quanto à duração dos sintomas:

  • Intermitente (<4 dias por semana ou < 4 semanas seguidas);
  • Persistente (>4 dias por semana ou >4 semanas seguidas).

Quanto à gravidade dos sintomas:

  • Ligeira (sem grandes problemas para o doente);
  • Moderada-grave (podem levar ao aparecimento de asma, sinusite e otites).

Difícil suportar níveis elevados de pólen
Difícil suportar níveis elevados de pólen


Que tratamentos existem?

O tratamento deverá adequar-se à gravidade dos sintomas e deverá aconselhar-se com o seu médico ou farmacêutico.

Alguns medicamentos destinam-se a proporcionar alívio imediato dos sintomas e outros destinam-se a prevenir as crises alérgicas, sendo de toma regular.

Falando do tratamento farmacológico não sujeito a receita médica, temos os anti-histamínicos orais (cetirizina fexofenadina, loratadina), os anti-histamínicos tópicos nasais (azelastina, dimetindeno), os descongestionantes orais (pseudoefedrina associada ao paracetamol ou ao ácido acetilsalicílico), os descongestionantes tópicos nasais (oximetazolina, xilometazolina, fenilefrina) e os corticosteróides nasais (fluticasona, acetonido de triamcinolona).

Existem ainda, no campo da prevenção, vacinas específicas que têm como objetivo diminuir a sensibilidade do organismo ao alergénio (imunoterapia).

Respirar livremente sem alergias
Respirar livremente sem alergias


Mais vale prevenir…

  • Mantenha uma boa higiene do seu nariz, usando regularmente soro fisiológico ou água do mar;
  • Evite a exposição aos alergénios que desencadeiam a alergia:
    • Se é alérgico aos ácaros, ventile bem a sua casa, mantenha-a livre de pó e aspire a casa regularmente, evite alcatifas e tapetes, lave a roupa da cama no mínimo a 60º C, aspire o colchão frequentemente;
    • Se é alérgico aos pelos de animais, evite o contacto direto com estes;
    • Se é alérgico aos pólenes, evite atividades ao ar livre especialmente quando os boletins polínicos preveem níveis elevados de pólen na atmosfera.

Saiba que, se não tratar adequadamente a rinite, poderão aparecer outras patologias associadas, como a sinusite (inflamação dos seios perinasais) e sobretudo a asma, pois a rinite é um importante fator de risco para esta doença respiratória.

Assim, controlar a rinite alérgica ajuda a prevenir doenças mais graves.


Fontes
iSaúde
Revista Farmácia Distribuição

 

 

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