Fungos
Livre-se da Candidíase Vaginal, com alguns cuidados e tratamentos simples
A Candidíase vaginal é uma infeção causada por um fungo do género Candida, sendo a Candida Albicans a mais frequente.
Este fungo está presente, ainda que em pequenas quantidades, na pele e dentro do organismo (boca, garganta, intestino e vagina), sem provocar qualquer tipo de problemas.
A candidíase vaginal aparece quando o organismo fica mais debilitado, existindo um desequilíbrio do pH da mucosa vaginal (que, em situações normais, o pH é igual a 4), facilitando assim a proliferação e multiplicação do fungo. A região genital feminina, por ser quente e húmida, permite que esta disseminação seja rápida, causando assim a infeção.
Sintomas
Os sintomas mais comuns para essa doença são os seguintes:
- Corrimento esbranquiçado;
- Prurido;
- Dor ao urinar;
- Dor durante as relações sexuais;
- Ardor;
- Escoriações na região vulvar;
- Coloração vermelha na vagina,
- Em casos extremos a candidíase pode causar úlceras.
Causas:
O desequilíbrio da mucosa vaginal pode ter várias causas, tais como:
- Stress;
- Gravidez;
- Diabetes;
- Outras infeções (por exemplo VIH);
- Sistema imunitário debilitado;
- Pós-menopausa;
- Medicamentos - antibióticos, contracetivos orais, corticosteroides e quimioterapia;
- Vestuário inadequado - roupa apertada, lycras, fibras e fatos de banho molhados durante horas;
- Lavagens vaginais excessivas.
Diagnóstico:
Existem na sua farmácia testes rápidos para identificar o tipo de infeção vaginal e o agente etiológico (se é Candida Albicans).
Existem casos em que é necessário um exame clínico, sendo o diagnóstico realizado através do exame microscópico do corrimento.
Tratamento
A terapêutica para a candidíase vaginal pode ser feita localmente, através de comprimidos vaginais ou cremes ou, em situações mais graves, recorrer à via oral. Ambos os tratamentos são de curta duração existindo normalmente um alívio rápido dos sintomas.
Em caso de candidíases recorrentes o tratamento é mais prolongado. Além do uso de medicamentos nos momentos de crise, é preciso seguir uma dieta pobre em açúcares e hidratos de carbono, consumir em abundância alimentos ricos em vitamina A e D.
Existem suplementos alimentares, em comprimidos orais ou em cápsulas ou óvulos vaginais, disponíveis na sua farmácia, que ajudam a manter o equilíbrio da flora vaginal (probióticos- Lactobacillus plantarum LB931, Lactobacillus rhamnosus LB21) e que reduzem a duração, a intensidade dos sintomas e o risco de recidivas.
Prevenção/ cuidado a ter:
Existem alguns hábitos que se podem adotar para evitar o desequilíbrio da flora vaginal:
- Roupa íntima de algodão;
- Evitar vestuário muito apertado;
- Evitar duches vaginais;
- Evitar produtos femininos perfumados (por exemplo espuma de banho, tampões ou pensos higiénicos). Existem alternativas mais adequadas na sua farmácia;
- Reduzir banhos de hidromassagem ou banhos quentes;
- Evitar permanecer com fato de banho molhado, por longos períodos de tempo;
- Evitar detergentes para a roupa com perfumes ou corantes;
- Não usar sabão azul e branco, nem sabonetes sólidos devido ao risco de contaminação; usar produtos de higiene íntima em líquido ou em gel, hipoalergénicos, com pH e princípios ativos adequados à região anogenital (disponíveis na sua farmácia);
- Optar por uma alimentação pobre em açúcares e hidratos de carbono e consumir alimentos ricos em vitamina A e D;
- Aconselhado pelo seu médico ou farmacêutico, pode fazer um próbiotico (oral e/ou vaginal) para restabelecer as condições fisiológicas vaginais inibindo o crescimento de microrganismos prejudiciais, preservando a mucosa, e um suplemento vitamínico para reforçar o sistema imunitário.
Fontes
iSaúde
Revista Farmácia Distribuição
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