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Olho Seco - Mantenha um olhar claro sobre as coisas

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O olho é um ó
rgão muito frágil, sensível e vulnerável a agressões externas. O olho seco (ou síndrome do olho seco) é uma patologia oftalmológica que se caracteriza pela diminuição da produção da lágrima, pelo aumento da sua evaporação e pela alteração da composição da mesma.

Estas alterações contribuem para a diminuição da lubrificação do olho, podendo ter sérias consequências na visão.


Sinais e sintomas do olho seco

O olho seco pode afetar os dois olhos causando:

  • Sensação de areia ou corpo estranho;
  • Sensação de picada/ardor;
  • Olhos cansados, pesados e irritados;
  • Lacrimejo acentuado;
  • Vermelhidão;
  • Visão desfocada transitória (visão ao perto);
  • Sensibilidade passageira aumentada à luz (fotofobia transitória);
  • Intolerância às lentes de contacto.


Causas do olho seco

O olho seco é uma doença multifatorial. O seu aparecimento é mais prevalente com o envelhecimento, especialmente em mulheres na menopausa.

O ato de pestanejar é um mecanismo de hidratação natural do olho, pelo que a utilização diária de ecrãs, tais como computador, tablet ou televisão durante muito tempo leva a uma diminuição do pestanejar, e consequentemente, à secura ocular.

Pode, também, surgir como efeito secundário da utilização de alguns fármacos (antihistamínicos, antidepressivos, entre outros). Doenças (autoimunes, diabetes, etc.), défice de vitamina A e ómega-3, a utilização prolongada de lentes de contacto, fatores ambientais, cirurgias prévias oculares (por exemplo às cataratas) e alguns conservantes de medicamentos oftálmicos (como o cloreto benzalcónio) podem estar na origem da secura ocular.

Tratar o olho seco
Tratar o olho seco


Tratar o olho seco

O objetivo do tratamento do olho seco é repor a homeostasia da superfície ocular, de modo a que se aproxime do normal. O tratamento passa pela utilização de lubrificantes tópicos, as denominadas lágrimas artificiais existentes sob a forma de colírio (monodose e frasco multidose), gel e pomada.

É recomendado a aplicação de 3 a 4 vezes por dia (pequeno-almoço, almoço, lanche e jantar).

Nesta patologia, a utilização de soro fisiológico não está indicada, uma vez que não trata o olho seco, podendo contribuir para desidratar ainda mais a superfície ocular.

Quem utiliza lentes de contacto, deve verificar previamente quais os lubrificantes tópicos que podem utilizar, pois nem todos são compatíveis com lentes de contacto.

Alimentos para melhorar a visão
Alimentos para melhorar a visão


Algumas sugestões para melhorar e prevenir o olho seco

Na patologia do olho seco o doente deve:

  • Minimizar a exposição ao ar condicionado/aquecimento;
  • Evitar ambientes com fumo, poluição e baixa humidade;
  • Fazer pausas e pestanejar enquanto lê e utiliza ecrãs;
  • Utilizar óculos escuros em ambientes com vento, muito calor e sol;
  • Higienizar as pálpebras;
  • Aplicar compressas mornas (preparar por imersão em água quente do duche e aplicar 2 a 5 min em cada olho);
  • Realizar suplementação de ácidos gordos essenciais (ómegas-3 e 6);
  • Comer de forma equilibrada, incluindo alimentos ricos em vitamina A (como as cenouras e espinafres).


Como aplicar um medicamento oftá
lmico?

De forma a aplicar corretamente um medicamento oftálmico deve:

  • Lavar as mãos;
  • Inclinar a cabeça até ver o teto;
  • Puxar a pálpebra inferior para baixo e formar 1 bolsa e olhar para cima;
  • Colocar o colírio, gel ou pomada o mais próximo possível da bolsa formada sem tocar;
  • No caso de colírio, colocar 1 gota; e no caso de gel ou pomada, colocar 1 tira fina do tamanho de uma ervilha;
  • Fechar o olho durante algum tempo (para ajudar na absorção) e limpar o excesso;
  • Em alguns casos, a visão pode ficar turva por algum tempo.

Passos para aplicação de um colírio
Passos para aplicação de um colírio


Aten
ção!

Caso haja dor no olho, alterações da visão permanente ou fotofobia não transitória (permanente) ou se os sintomas persistirem mais do que três dias, mesmo com a aplicação de produtos tópicos oftálmicos, deverá consultar o seu médico.


Fontes
iSaúde
Revista Farmácia Distribuição

 

 

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