Prevenção
Viajar? Vá, mas vá descansado!
As viagens são cada vez mais frequentes, mas existem destinos que apresentam algum risco para a saúde. Importa, pois, conhecer os cuidados a ter antes de viajar, durante a estadia e após o regresso.
Antes de viajar
As viagens internacionais podem alterar o estado de saúde, em função do destino, da altura do ano, da duração da estadia e do tipo de atividades previstas.
Mudanças súbitas de altitude, humidade, temperatura, presença de agentes infeciosos, condições higienossanitárias e as características individuais do viajante são fatores a ter em conta. Malária, febre amarela, cólera, encefalite japonesa, febre tifoide, tétano, hepatite A ou B, são algumas das doenças que se podem prevenir. Por isso, antes de viajar, recorra a uma consulta do viajante, disponível nos principais hospitais e centros de saúde. De acordo com o país ou região para onde se viaja serão indicadas as medidas profiláticas mais adequadas.
Os idosos, doentes crónicos, grávidas, crianças e bebés devem ter cuidados acrescidos. Caso viaje para um país da União Europeia (ou ainda Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça), obtenha também o seu Cartão Europeu de Seguro de Doença, de modo a obter assistência médica durante a sua estadia, caso seja necessário.
Viajar com segurança passa por juntar à bagagem uma farmácia básica, que contemple eventuais problemas de saúde já existentes, bem como os pequenos incidentes do dia a dia. Assim, não se esqueça de incluir:
- Medicamentos que toma habitualmente, na quantidade necessária para a duração da viagem, mais uma quantidade de reserva, para fazer face a qualquer imprevisto que possa prolongar a estadia. Estes devem ser devidamente acondicionados e de preferência transportados na bagagem de mão. Leve também consigo uma receita médica com indicação, preferencialmente em inglês, das substâncias ativas, doses, formas farmacêuticas e modo de toma de todos os medicamentos que esteja a tomar;
- Medicamentos prescritos na consulta do viajante e medicamentos para dores, febre, constipações, tosse, diarreias e enjoo;
- Repelentes e produtos para alívio de picadas de insetos;
- Kit de Primeiros Socorros.
Durante a viagem
São diversos os riscos a acautelar:
Calor, sol e humidade – em regiões quentes, deve beber muitos líquidos, comer alimentos ricos em sais minerais (frutas/vegetais), usar vestuário leve e de algodão, evitar a exposição solar em horas de maior intensidade, aplicar protetor solar com índice elevado e usar chapéu e óculos de sol.
Higiene alimentar e sanitária – para prevenir o risco de diarreia e doenças como a cólera através da ingestão de alimentos ou água contaminados, importa: beber apenas água engarrafada, não usar gelo nas bebidas, beber apenas leite pasteurizado, ingerir apenas alimentos bem cozinhados, comer fruta lavada e descascada por si, não comer saladas cruas nem alimentos adquiridos em vendedores ambulantes, lavar bem as mãos depois de ir à casa de banho e antes de manusear ou comer alimentos.
Infeções – a malária, também conhecida como paludismo, é uma doença frequente na maioria dos destinos tropicais, transmitida pela picada do mosquito. Entre os cuidados a ter incluem-se a toma de um antimalárico, o uso de repelente e de roupas claras que protejam a maior parte do corpo, em especial ao amanhecer e entardecer.
Saúde sexual – As infeções sexualmente transmissíveis (IST) são igualmente um risco. Apenas a hepatite B e o vírus do papiloma humano podem ser prevenidos com vacinação. Por isso a melhor estratégia para prevenir o aparecimento de uma IST é a prática de sexo seguro, pelo que os preservativos são indispensáveis na bagagem.
Depois do regresso
O fim da viagem não significa o fim dos cuidados. Por exemplo, a profilaxia da malária deve continuar até ao final do tratamento prescrito, que varia consoante o antimalárico em questão. Nas semanas após o regresso, há que estar atento a qualquer alteração ao estado de saúde. Sintomas como febre, diarreia persistente, vómitos, icterícia, alterações do foro génito-urinário ou doenças dermatológicas devem suscitar uma consulta médica.
Fontes
iSaúde
Revista Farmácia Distribuição
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