Ansiedade

Beber dois copos de vinho por dia reduz o stress e a ansiedade, conclui estudo


Sem abusos, é algo que descobrimos por experiência própria mas que a ciência tem ajudado a comprovar. O consumo de álcool não se faz sem consequência alguma mas há benefícios concretos que merecem ser tidos em conta.


Um novo estudo que vai ser apresentado esta semana, na convenção do Colégio Americano de Cardiologia (ACC na sigla original), vem realçar que o consumo moderado de álcool tem benefícios anti-stress, e isso nota-se tanto ao nível do cérebro como a nível cardiovascular.


A “Science Daily”, que dá conta das conclusões que serão apresentadas na convenção da ACC, explica que o consumo moderado se define por uma bebida por dia (por exemplo um copo de vinho) no caso das mulheres, ou dois copos por dia, no caso dos homens.


O estudo recorreu a diferentes exames de imagem ao cérebro de diferentes pacientes. “Descobrimos que as atividades cerebrais relacionadas com o stress eram mais elevadas em pessoas que não bebem quando comparadas com pessoas que bebem moderadamente”, explicou o cardiologista Kenechukwu Mezue e um dos responsáveis pelo estudo. “Já as pessoas que bebem demasiado (mais de 14 copos por semana) eram quem tinham os níveis mais elevados de atividade cerebral relacionada com o stress”, acrescentou à mesma publicação o médico do Massachusetts General Hospital.


“O que pensamos é que o consumo moderado pode ter efeitos no cérebro que podem ajudar a relaxar e a reduzir os níveis de stress e, talvez, através destes mecanismos, reduzir também os riscos de doença cardiovascular”, especificou sobre este estudo onde se comparam mais de 50 mil exames de diferentes pacientes.


O especialista apressou-se a realçar que o estudo não é uma forma de promover o consumo de álcool, dado outros efeitos negativos que as bebidas alcoólicas poderão ter. Mas pode ajudar a lembrar a importância de terapêuticas e cuidados relativamente a níveis elevados de stress.


“Este estudo sugere que beber com moderação pode ter benefícios na ligação entre o cérebro e o coração. O álcool, no entanto, tem outros efeitos negativos, incluindo um maior risco de cancro, de problemas de fígado e até de dependência”, explicou, salientando que ainda assim o mesmo estudo bem reforçar a importância de procurar outras intervenções que beneficiem a tal ligação entre cérebro e coração (em que o stress pode ter um papel negativo importante).


O mesmo grupo de especialistas debruçou-se também sobre exercício físico e o impacto que este pode ter nesta questão. O ioga foi uma das modalidades que poderia trazer benefícios semelhantes (sem ter nenhum dos outros riscos associados ao álcool).

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