Internamentos

Hospitais portugueses estão cheios de crianças internadas com infeções respiratórias


As infeções respiratórias levam centenas de crianças aos hospitais todos os anos. Isto acontece, especialmente e com maior regularidade nas estações mais frias e rigorosas. Em 2021, após os dois períodos de confinamento e desconfinamento, parece ter aparecido uma onda de infeções respiratórias, que estão a levar às urgências milhares de crianças.


“Como estivemos todos confinados, quando as pessoas começaram a desconfinar, apareceram as infeções numa outra estação. Confinamos duas vezes, dois períodos frios. O que acontece é que as crianças que, no ano passado, teriam tido estes vírus, este ano teriam tido anticorpos e não iam adoecer tanto. Estamos a levar com dois anos de doentes pequenos”, explicou a pneumologista Ana Casimiro, em declarações à “Rádio Renascença”.


De acordo com a especialista, às urgências estão a chegar diariamente crianças com bronquiolites, laringo-traqueítes e outras infeções respiratórias que obrigam os mais novos a ficarem internados e muitos deles a precisar de receber oxigénio.


“São principalmente os pequenos abaixo dos dois anos e os suscetíveis, que já tinham quadros respiratórios como asma ou predisposição para a infeção, aí estamos a falar da faixa etária dos seis anos, abaixo disso”, refere ainda na mesma notícia a pneumologista.


A explicação para esta vaga de infeções, segundo Ana Casimiro, está no ambiente pandémico que o País está a viver que, segundo palavras da emissora portuguesa “empurraram as doenças tradicionais do inverno para o verão”. Lá fora, no entanto, a situação repete-se, nomeadamente em países como os Estados Unidos da América e na Austrália.

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